Secos & Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 1970 cuja formação clássica consistia de João Ricardo (Vocais, Violão, Harmônica), Ney Matogrosso (Vocais), e Gérson Conrad (Vocais Violões). João havia criado o nome da banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos seguintes e terminar igualmente sozinho com o álbum Memória Velho (2000).
No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquiagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João Ricardo, com um rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenômenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.
Seu álbum de estréia, Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700.000 cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram o grupo se desintegrar em 1974, ano dos Secos e Molhados II (1974).
A formação inicial do grupo era composta por: João Ricardo (violão de doze cordas e gaita), Fred (bongô) e Antônio Carlos, ou Pitoco, como é mais conhecido. O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bexiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luli, com quem João Ricardo fez alguns dos maiores sucessos já gravados no Brasil ("O Vira" e "Fala").
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